O Fandango das gerações
Da batida dos tamancos ao sonido das violas. Da graciosidade da rabecas às letras que revelam um modo de vida característico, singular. Superagui vai muito além do som: o Fandango caiçara das roças, da comemoração de um casamento, de um festejo católico, ou por simplesmente reunir os amigos e a família no quintal das casas, aquele passado de pai para filho, de geração em geração, esse já não existe mais. As pessoas já não são mais as mesmas, é natural que o Fandango tenha assumido outras características.
O que não é natural é que ele se perca. Arte da cultura popular ou espetáculo folclórico para turista ver? A classificação que divide opiniões entre os estudiosos, ganha sua própria maneira de existir (ou resistir) entre os que lutam pela perpetuação desta expressão musical-coreógrafa-poética-festiva, que no papel é tida como patrimônio imaterial do Brasil, mas e na prática? Tal como foi um dia, ele ainda é vivo na memória dos mais antigos. Hoje ele ressurge nos jovens com outras características, mas nunca deixando de fazer parte da identidade desse povo.